A minha foto
Sou o que sou e como sou...Os que me conhecem, sabem como me abordar e, também, como os abordo.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

No Natal???

Há o frio do Natal...!
Frio na passagem pelas suas brechas apenas vísiveis aos olhos da alma de quem o sente,vendo-a multiplicar-se enformada em rastos de fumo branco embrenhando-se, involuntariamente,ao encontro da Sorte, entre bafos que congelam as paredes e o caminho, apertando-o cada vez mais.
Há o cansaço da corrida mental mas lenta que o andamento desordena de vez em quando.
Há o desânimo da solidão gelada que o tempo esmorece, por vezes,mas não apaga.
Há o tempo que corre mais do que a existência de viver, com a consciência dos dias esquecidos das horas melhor passadas ou menos marcantes.
E o que a (alma humana)move nesta incerteza e nomadismo? A palavra ecoante e tradicional: esperança. A esperança que o verde da Amazónia não diminua e oxigene o mundo. Que as diferentes culturas e tradições se unifiquem em prol do respeito pelos direitos humanos. Que o ser humano dignifique as palavras de Shackespeare de que o homem é um ser sublime. Que os governos de cada país aprendam a honrar as suas responsabilidades e deveres, não impondo e advogando apenas os seus direitos. Que os vários organismos sociais não se sujeitem às dependências tirânicas. Que os sonhos das crianças não se centrem apenas nos avanços da tecnologia e se possam expandir para o sonhar em ser um futuro habitante da sociedade, responsável, criador e continuando a ser bom aprendiz dos valores e princípios que regem com harmonia a ligação de si próprio com os outros.
Já se sente, entre todas as carências, a carência de fogo vivo da esperança entre a espécie humana.
Neste Natal tão consumista, o frio impera e impele a mais frio.
Neste Natal a alma não aquece, porque o principal se esfuma nas brechas que o frio vai deixando no caminho de cada um de nós: o amor do calor humano.
Cada passagem de Feliz Natal são notoriamente palavras vãs e ocas para tanta gente que sente congelar nas faces das suas vidas as lágrimas de não tê-lo!
Para quê ainda a hipocrisia de se desejar a quem passa um Feliz Natal? Desejá-lo para si próprio é egoísmo, mas mais aceitável, porque já nos habituámos a viver comodamente entre ele.
Prefiro desejar um Ano Melhor em 2007 para o Mundo Inteiro.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Homenagem a Fernando Pessoa


No ano de 1888, em que Guilherme II se torna o “Kaiser” da Alemanha; em que é abolida a escravatura no Brasil; Hertz demonstra a existência de ondas magnécticas; Eastman inventa a máquina fotografia Kodak; o pintor Van Gogh surge com Auto-retrato e Os Girassóis e, entre outros, Eça de Queiroz com “Os Maias” fomos agraciados com o nascimento da figura emblemática Fernando Pessoa.

Este homem, que sempre teve a tendência de se envolver num mundo fictício reunindo-se com amigos e conhecidos que nunca existiram,

" Num dia em que finalmente desistira - foi em 8 de Março de 1914 - acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. (...) E tanto assim que, escritos que foram esses trinta e tantos poemas, imediatamente peguei noutro papel e escrevi, a fio também, os seis poemas que constituem a Chuva Oblíqua, de Fernando Pessoa. Aparecido Alberto Caeiro, tratei logo de lhe descobrir - instintiva e subconscientemente - uns discípulos. Arranquei do seu falso paganismo o Ricardo Reis latente, descobri-lhe o nome, e ajustei-o a si mesmo, porque nesta altura já o via. E, de repente, e em derivação oposta à de Ricardo Reis, surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo. Num acto, e à máquina de escrever, sem interrupção, nem emenda, surgiu a Ode Triunfal de Álvaro Campos - a Ode com esse nome e o homem com o nome que tem.(…)
Pessoa, pacientemente, tenta explicar-lhe (a Ricardo Reis):
- É o fundo traço de histeria que existe em mim. Não sei se sou simplesmente histérico, se sou, mais propriamente, um histero-neurastênico. Seja como for, a vossa origem mental está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Se eu fosse mulher - na mulher os fenómenos histéricos rompem em ataques e coisas parecidas - cada poema do Álvaro de Campos (o mais histérico de mim) seria um alarme para a vizinhança. Mas sou homem - e nos homens a histeria assume principalmente aspectos mentais; assim tudo acaba em silêncio e poesia…"

em 1935

" Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?
Não: vou existir. Arre! vou existir.
E-xis-tir...
E-xis-tir...
Dêem-me de beber, que não tenho sede!"

faleceu com grandes problemas hepáticos.
Na manhã de 28 de Novembro foi transportado para o Hospital de S. Luís dos Franceses. O poeta agonizava e implorava pelo fim do sofrimento. Sob o efeito da droga de um analgésico, reflecte sobre a vida que ameaça escapar-lhe agora.

" Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Estou hoje vencido, como soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer.

Ele insiste em chamar Caeiro, Reis, Campos e Soares. Como que ouvindo o chamamento do seu criador, os poetas seguem para o hospital. Pessoa em agonia. Repuxa o lençol, contrai-se.
Dá-me os óculos, os meus óculos, pede. Prepara-se para o último olhar sobre a sua criação. E eles que não chegam. Mas pressente, eles vêm, Ah se vêm.
Caeiro, Reis, Campos e Soares entram de rompante. Porém tarde, já morto o poeta. Sobram uns rabiscos num papel:

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido,
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo.
E vou escrever esta história para provar que sou sublime."

30 de Novembro!
Faz hoje (30 de Novembro de 2006) 71 anos sobre a data do seu falecimento. Todavia, cumpre 118 anos de “vida”. Termino esta homenagem com:

" Ah! a selvajaria desta selvajaria! merda
Pra toda a vida como a nossa, que não é nada disto!
Eu pr’aqui engenheiro, prático à força, sensível a tudo,
Pr’aqui parado, em relação a vós, mesmo quando ando;
Mesmo quando ajo, inerte; mesmo quando me imponho, débil;
Estático, quebrado, dissidente, cobarde da vossa Glória,
Da vossa grande dinâmica estridente, quente e sangrenta!"

Li algures, não me lembro quando: A Fama dos Mortos é o Trono dos Vivos.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Divagação


Nas reflexões da noite há um firmamento de estrelas que consigo situar paralelamente e dar-lhes nomes que ninguém ainda inventou. Nesse firmamento, cuja luz do dia nele provoca lutas entre o racional e irracional, há luzes definidas indicando trajectos de possíveis caminhos até um só ponto. E viajo por eles, por vezes, sem conseguir alcançar o ponto... O que me parece, a seguir ao "porquê"(?) é que o ponto estelar deve chamar-se "sono",e cada braço do ponto: "sonho". Ironicamente adapta-se no percorrer pelos diversos caminhos da vida que, inevitavelmente, vão culminar no ponto com o mesmo nome: sono. Outro porquê(?): terá braços como as estrelas do meu firmamento?

domingo, novembro 26, 2006

Impostos




Este texto, da autoria de Pedro Garcia Rosado, rompeu as barreiras da sua irresistibilidade. ;-)

12 VERDADES IRREFUTÁVEIS SOBRE OS IMPOSTOS EM PORTUGAL


1. Os impostos não são um contrato entre o Estado e os cidadãos, mas algo que é imposto aos cidadãos. É um sistema que não tem a ver com o reconhecimento dos direitos e dos cidadãos, tal como se afirmou na generalidade dos futuros países democráticos depois da Revolução Francesa. Está, sim, ligado à tradição medieval e ao feudalismo: o Estado tem, como os antigos senhores feudais antes do casamento das mulheres que viviam nos seus terrenos, um direito de pernada de novo tipo.

2. Ao pagamento dos impostos não corresponde nada, a não ser o direito a não se ser perseguido por não pagar impostos, salvo quando a omnisciência da administração fiscal o decidir em contrário.

3. A relação entre o Estado e os cidadãos sujeitos a impostos funciona numa lógica de desconfiança: o primeiro ministro desconfia do ministro das finanças; o ministro das finanças desconfia do secretário de estado; o secretário de estado desconfia do directo - geral; o director geral desconfia dos chefes que lhe estão subordinados; os chefes desconfiam dos funcionários; os funcionários desconfiam dos cidadãos.

4. A administração fiscal nunca comete erros, limita-se a tentar cobrar impostos.

5. Os cidadãos nunca se enganam, tentam é fugir a pagar impostos.

6. Os contribuintes têm o mesmo tipo de direitos atribuídos ao gado porque, perante a administração fiscal desempenham o papel de vacas leiteiras.

7. Os impostos têm uma universalidade omnívora: pousam em tudo e a tudo tentam devorar, sob qualquer pretexto. Do imposto sobre a utilização de isqueiros passaram ao imposto sobre a utilização dos fósforos, porque na origem dos fósforos estão árvores que é necessário preservar em nome do ambiente.

8. O direito de propriedade é uma ilusão, perante a administração fiscal. Tudo o que se compra ou se usa pertence ao Estado porque o Estado tem o direito de cobrar sempre uma taxa sobre o uso de qualquer bem, mesmo que esse bem seja teoricamente propriedade privada

9. Os cidadãos não têm direito à posse plena da terra porque qualquer terreno, mesmo que seja pequeno, que esteja no meio de outros terrenos e que nada lá se possa construir, é visto pela administração fiscal como um bem que o Estado aluga e pelo qual deve receber sempre qualquer renda.

10. Nenhum político ou comentador que combata a evasão fiscal dá o exemplo, rejeitando ou expondo os benefícios de carácter remuneratório (dos quais os mais comuns são o automóvel, combustível, telemóvel e o pagamento do telefone residencial) que a entidade empregadora põe à sua disposição e que se traduzem, na prática, na absorção de despesas suas e do seu agregado familiar pela entidade empregadora, benefícios esses que não são considerados para efeitos de imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS) mas que acabam por entrar nas despesas das entidades empregadoras, sejam elas privadas ou públicas.

11. A tradição centenária de submissão dos cidadãos ao poder autoritário e discricionário do Estado e das entidades para - estatais (como foi a Santa Inquisição) assegura a mansidão dos cidadãos perante o não - reconhecimento dos direitos que o cumprimento dos deveres sociais e fiscais deviam garantir-lhes.

12. Os cidadãos têm medo do Fisco. O Fisco é que devia ter medo dos cidadãos.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Alguém escreveu o que muitos pensam e a maioria discute (em "sussurros")

Vida de professor...

É Mesmo assim...



O professor está sempre errado.
Quando...
É Jovem, não tem experiência.
É Velho, está ultrapassado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora-se de barriga cheia.

Fala em voz alta, passa o tempo a gritar.
Fala em tom normal, não se faz ouvir.
Não falta às aulas, é candidato à medalha de papelão.
Precisa faltar, anda ali a fazer turismo.
Conversa com os outros professores, está a malhar nos alunos.

Não conversa, não liga nenhuma.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, tem a mania que é engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama à atenção, é um chato.
Não chama à atenção, não se sabe impor.
Faz provas longas, não dá tempo.
Faz provas curtas, tira hipóteses aos alunos.
Manda escrever muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala correctamente, ninguém o entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude. Elogia, é mole.
O aluno é reprovado, fez-lhe perseguição.
O aluno é aprovado, também pudera.


Vida de professor é assim, de erro em erro, sempre a tentar acertar!

quinta-feira, novembro 09, 2006

É para rir ou chorar. Depende de si!

Crido Cenhor,
Quero candidatarme pro logar de ceqretária que vi no jurnal. Eu Teclo muito de pressa con um dedo e fasso contas de sumar.
Axo que sou boa ao tefone em bora seija uma peçoa do povo,
Tou á respondere ao luguar de ceqretária, que li no jurnal
O meu selário tá aberto há discução pra que possa ver o que me quer pagar e o Cenhor aja qu’eu meresso,
Pósso cumessar imediatamente. Agradessida em avanso pela sua resposta.

Cinceramente,
Catia Vanessa Estrela
PS : Proque o meu currico é muinto piqueno, abaicho tem 1 foto minha.

(não consegui, por dificuldades de acesso, a foto de uma mulher com peitos de silicone e umas ancas bem proeminentes... o resto, para imaginações fertéis em biquinis)

Resposta do Empregador:......
Querida Catia Vanessa,
Não tem mal amor, Nós temos correção automática. A menina começa já amanhã.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Que pena!!!

*Infelizmente e resumidamente, esta é a História de Portugal até aos dias de hoje...*
*É tão triste ler a história do meu país em umas dezenas de frases...*

*Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo. Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu.
Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor. Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau.
Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.
Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos. Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro.
Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas.
Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.
A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos.
Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos. Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do
cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho cravos em cima do assunto.
Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.

E o Cavaco?
O Cavaco (actual Presidente da Republica Portuguesa) foi com o Pai
Natal e o palhaço no comboio ao circo.*

terça-feira, outubro 24, 2006

Onde estás???!!!



Sonho. Contudo, não "sinto" o sonho.

domingo, outubro 22, 2006

:-)


Eduardo Prado Coelho: Professores

O umbigo da Ministra da Educação deve ser tão GRANDE
que não a deixa ver/ouvir opiniões diferentes da sua.
Há qualquer coisa que não está a funcionar bem no
Ministério da Educação. Existe uma determinação em
abstracto do que se deve fazer, mas compreensão muito
escassa da realidade concreta. O que se passa com o
ensino do Português e a aprendizagem dos textos
literários é escandaloso.
Onde deveria haver sensibilidade, finura e
inteligência na compreensão da literatura, há apenas
testes de resposta múltipla completamente absurdos.
Assim não há literatura que resista. Há tempos, dei o
exemplo da regulamentação por minutos e distâncias de
determinadas provas.O ministério respondeu-me que se
baseavam na mais actualizada bibliografia e que tinham
tido reacções entusiásticas
perante tão inovadoras medidas. Não me convenceram
minimamente. Trata-se de dispositivos ridículos e
hilariantes, que provocam o mais elementar bom senso.

O problema reside em considerar os professores como
meros funcionários públicos e colocá-los na escola em
sumária situação de bombeiros prontos para ocorrer à
sineta de alarme. Mas a multiplicação de reuniões
sobre tudo e mais alguma coisa não permite que o
professor prossiga na sua formação científica.

Quando poderá ler, quando poderá trabalhar, quando
poderá actualizar-se? Não é certamente nas escolas que
existem condições para isso. Embora na faculdade eu
tivesse um gabinete, sempre partilhado com mais quatro
ou cinco pessoas, nunca consegui ler mais do que uma
página seguida.
Não existem condições de concentração. Pelo caminho
que as coisas estão a tomar, assistiremos a uma
barbarização dos professores cada vez mais
desmotivados, cuja única obsessão passa a ser
defenderem-se dos insultos e dos inqualificáveis
palavrões que ouvem à sua volta. A escola
transforma-se num espaço de batalha campal, com o
apoio da demagogia dos paizinhos, que acham sempre que
os seus filhos são angelicais cabeças louras. E com a
cumplicidade dos pedagogos do ministério.

Quando precisaríamos como de pão para a boca de um
ensino sólido, estamos a criar uma escola tonta e
insensata.

Neste benemérita tarefa tem-se destacado o secretário
de Estado Valter Lemos. É certo que a personagem se
diz e desdiz, avança e volta atrás com a maior das
facilidades. Mas o caminho para onde parece querer
avançar é o de uma hostilização e incompreensão
sistemática da classe dos professores.Com isto
prejudica o país, e prejudica o Governo, com um
primeiro-ministro determinado e competente, mas que
não pode estar atento a todos os pormenores. E
prejudica o PS, mas não sei se isto preocupa. Vem
agora dizer que o professor deve avisar previamente
que vai faltar, o que no limite significa que eu
prevejo com alguns dias de antecedência a dor de
dentes ou a crise de fígado que vou ter. E que deve
dar o plano da aula que poria em prática caso
estivesse em condições. Donde, as matérias são
totalmente independentes de quem as ensina, basta
pegar no manual, e ala que se faz tarde.Começa a
tornar-se urgente uma remodelação do Governo, mas isso
é tema delicado a que voltarei mais tarde.

Professor universitário, Eduardo Prado Coelho

quarta-feira, outubro 18, 2006

A Mim, a um Mar, a uma Maria






Sonhos são "coisas" que alimentam quando a presença não mata a fome.

Diz-se. Convenciona-se.



Diz-se que a discriminação começa quando dizemos que se é...
Contudo, ela começa quando se é silenciado para não dizê-lo...!!
Ou se sai do roupeiro ou se permanece nele.

Que verdade indiscutivel!!!!



ERA UMA VEZ, em tempo nenhum, uma Pequena Alma. E esta Pequena Alma sabia que era a Luz, parte dos ziliões de Luzes que formam todo o Universo. Mas a Pequena Alma queria experienciar-se como a Luz.

E Deus disse que, se a Pequena Alma queria conhecer a Luz, também teria de conhecer a Escuridão. De que outra forma se pode conhecer o Alto sem o Baixo, o Quente sem o Frio, o Rápido sem o Lento?

Então a Pequena Alma compreendeu que, para saber Quem Realmente É, teria de conhecer o oposto.
"Esta é uma grande dádiva," disse Deus, "porque sem ela não poderíamos saber como nada é."

Então a Pequena Alma lançou-se à aventura.

E talvez seja uma aventura muito semelhante àquela que todos nós partilhamos neste planeta a que chamamos Terra.

Neale Donald Walsch- "A Pequena Alma e o Sol"

sexta-feira, setembro 08, 2006

Sorriam...!


*HUMOR *

*Os melhores anúncios dos placard's paroquiais *

Asseguram que são textos reais, escritos em paróquias autênticas; o riso,
certamente, será autêntico.
Alguém se dedicou a copiar alguns avisos de placards paroquiais e a
fazê-los circular pela Internet.
É uma chamada de atenção para o que se escreve e como se escreve nas nossas
igrejas!
*ANÚNCIOS PAROQUIAIS*

Para quantos de entre vós têm filhos e não o sabem, temos um espaço
preparado para as crianças.

Recordai na oração todos aqueles que estão cansados e desconfiam da nossa
paróquia.

O torneio de basquet das paróquias continua com a partida da próxima
quarta-feira à tarde: vinde animar-nos, enquanto procuramos derrotar Cristo
Rei.

Por favor, metei as vossas ofertas dentro de um sobrescrito, juntamente com
os defuntos que quereis fazer recordar.

O pároco acenderá a sua vela na do altar. O diácono acenderá a sua na do
pároco e, voltando-se, acenderá um a um todos os fiéis da primeira fila.

Quarta-feira à tarde, ceia à base de feijocas no salão paroquial.
Seguir-se-á o concerto.

O custo da participação na reunião sobre "oração e jejum" inclui as
refeições.

O grupo de recuperação da confiança em si mesmos reúne-se na quinta-feira,
às 7 da tarde. Por favor, usai a porta de trás.

Na sexta-feira, às 7 da tarde, as crianças do Oratório representarão
"Hamlet" de Shakespeare, no salão da igreja. A comunidade está convidada a
tomar parte nesta tragédia.

Queridas senhoras, não esqueçais a venda de beneficência! É um bom modo de
vos libertardes das coisas inúteis que estorvam em casa. Trazei os vossos
maridos.

O coro das pessoas de sessenta anos dissolver-se-á durante todo o Verão, com
o agradecimento de toda a paróquia.

Na quinta-feira, às 5 da tarde, haverá uma reunião do grupo das mamãs.
Roga-se a todas as que queiram fazer parte das mamãs que se dirijam ao
pároco no cartório paroquial.

Tema da catequese de hoje: "Jesus caminha sobre as águas". A catequese de
amanhã: "À procura de Jesus".

quarta-feira, setembro 06, 2006

Primeiro as maternidades. Agora as morgues.




À SEMELHANÇA DAS MATERNIDADES, O GOVERNO PREPARA-SE PARA ENCERRAR AS
MORGUES



Encerramento de morgues obrigam portugueses a ir morrer a Badajoz
"Vão morrer Longe" é o nome de uma nova medida anunciada pelo Governo.
Depois do encerramento das maternidades, o Ministério da Saúde
prepara-se para mandar fechar as morgues onde não entre um mínimo de
1500 mortos por ano. É o caso da morgue do Hospital de Santo Tirso
onde, de acordo com o ministro Correia de Campos, "o número de mortos
é ridículo!". A população está naturalmente preocupada e as reacções
não se fizeram esperar. "É uma vergonha!", confidenciou ao IP Américo
Jacinto, de 82 anos, "tenho de ir morrer a mais de 60 quilómetros
daqui! Agora diga-me se isto dá jeito a alguém". Concentrados esta
manhã à porta da morgue, os populares garantiram que vão fazer tudo
para aumentar o número de mortes na cidade. "Nem que tenha de me
matar! A mim e à minha família toda! Ouviram?! Eu mato-me já aqui!",
ameaçou uma senhora, antes de se regar com gasolina.

terça-feira, setembro 05, 2006

E mais esta...!


Recebi há algum tempo isto. Achei bom chamar a atenção para a existência desta, entre alguns dos "ilustres" ignorantes...
Inês Pedrosa respondeu, a se os Professores seriam os culpados do insucesso escolar, na "Na Ponta da Língua" o seguinte:
"Sim. Se metade dos alunos chumbam não é porque são mais burros que os outros. A culpa é dos professores e de quem os educou. A ministra está a ser corajosa".
E é isto escritora. Ah! Tomara que não se escolha uma das suas obras para estudo em Língua Portuguesa.
Passem a todos os professores e não comprem os seus livros.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Esperando...


Definha-se de impaciência...!
Venham de lá as cíclicas e que a nossa Milu se lembre de todos nós.

sexta-feira, julho 21, 2006

Iupiiiiii... de "vacances"!!!


Sorrisos pelo dever cumprido e pelas merecidas "vacances" que nos esperam... :-)))))
Ficam estas recordações de quando nos juntámos para matricular os putos para o próximo ano lectivo.

Toma colega!!! Mais uns quantos pintainhos que entram este ano na Nuno... São para ti Cristina e para ti também Margarida. Quanto a mim, está quase na hora de pôr a casa às costas e ir para onde a "boazinha" da Sra Ministra me mandar. Levo a tralha e o filho se, para não variar,ficar a milhas de distância. GGRRRRRR!!! (2005/2006)

quarta-feira, junho 28, 2006

Docentes são cigarras???


Pois é!!!
E depois o(a) profe, o(a) stôr(a) não faz nada.
Ainda zumbem os ouvidos do "piar dos passarinhos", que já estão de férias e ainda bem. Para eles era "uma seca" a escola.
Agora "rosnam" os exames que exigem a minha vigilância, as matrículas a fazer pelos pintainhos q saem do 1º ciclo, entrando no 2º, as provas de aferição nacionais (78 com 12 págs cada uma)para entregar classificadas até dia 7 Jul e com as classificações lançadas informaticamente (aqueles que não sabem fazê-lo, estão à rasca, o que felizmente não é o meu caso. Pelo menos isso!!!). Tudo isto sem falar das benditas reuniões de avaliações que nos "chupam" até ao tutano... Não é só levantar a voz e chumbar ou passar o aluno. Há toda uma burocracia que é envolvida. lol e na sua maioria vai para "arquivo morto".
Ah! E não digo mais nada...senão vem a "formigona" exigir que lhe lamba os pés para ficar colocada no próximo ano lectivo!
"Isto...é que vai uma crise!!!!!!"

domingo, junho 18, 2006

Recolho e... encolho...




Daqui e dali, "recolho" e,... "encolho"... Emudeço na maior parte das pvezes. Ainda não aprendi a fazer explodir o meu grito silencioso. À vista de tantas coisas que acontecem à minha volta e/ou em mim, reparo que não nasci para "viver neste mundo".

sábado, junho 17, 2006

Para JC e todos os que não são JC'S:



Uma vida inteira é como um livro em que algumas páginas se vão colando com o tempo e a letra da tinta, das que se conseguem folhear com luvas nas mãos, que o escreveu se esbate e se borra...!
Um abraço!

sexta-feira, junho 16, 2006

Verdade!

terça-feira, junho 13, 2006

Amizade


Laura para ti:
"Por isso eu digo, conscientemente,
Todo o bom amigo tem brilho estelar...
(...)
D'amizade pura, multissecular,
(...)
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito da gente".
Ju

sábado, junho 10, 2006

Há dias...


...mesmo para esquecer. Estes 2 últimos são-no mesmo.
Há coisas que custam muito a suportar, mas saber que se tem uma filha perdida, à mercê da máfia italiana... epá! Os Corleones não perdoam intrusos, mas também não ajudam. Sem bilhete de avião, (perdido ou roubado, não importa)quase sem dinheiro, sem vagas nos voos, a agência de turismo que fechou, os patrões da Adral que se querem furtar às responsabilidades (porque ela foi em serviço-conferência, representando o distrito), entre outras coisas....
São acima de tudo dores. Dores de mãe, e de filha, para ESQUECER!!! UFFFFFF!

quinta-feira, junho 08, 2006

Um tostãozinho para...


Com um sorriso malandreco começou o meu dia.
Na "hora de ponta" para o serviço, um menino de aproximadamente 8 anos, entrou no café, dirigiu-se-me com uma latinha na mão e pediu: 1 tostãozinho pr'ó stº António...
É óbvio que não dei. Em primeiro lugar, porque já não temos tostõezinhos e, em segundo, pensei num dos textos do manual de Língua Portuguesa, em que um miúdo pedia um tostãozinho para o Santo António para comprar berlindes (como se confessava no final do referido texto). No final, meti-me a pensar com os meus botões, que fui mázinha. Ele pedia algo impossível que eu podia ter tornado possível. Nos dias de hoje, são mais sinceros os meninos de 8 anos que pedem (mesmo que seja para o Stº António) do que os adultos que usam a convicção das palavras de bebés ao colo ou os "tais que tais" que não pedindo nos arrancam a "pele" se for preciso.

terça-feira, junho 06, 2006

Pensamento surrealista


Ser-se é ser-se sentindo-se, ainda que, não se compreenda os "quês" ou os "porquês", mas passando ao lado, sempre que possível, dos "ses" e "mas". No fundo, todos somos sentindo-nos...Contudo, poucos têm essa consciência. E, perde-se tanto!!!

sábado, junho 03, 2006

Dúvidas??


SEM COMENTÁRIOS!!!

sexta-feira, junho 02, 2006

ABRAÇO


Fóssil na memória!Como o sol no espelho das águas!(...)

A força de ser EU....


A mística do ser humano reside no facto de existir por ela própria e não se deixar compreender...

quarta-feira, maio 31, 2006

CHEEEEEGGGGGGGGGGGGAAAAAAA!!!!!!


CHEGA, Sra. Ministra da Educação!!!!!
Já não há subterrâneos para tantos incompetentes docentes e com avaliações abaixo de 1 concedidos pelos pais....
Chega Sra. Ministra. Não vá muitas vezes mais à casa de banho, que cada vez que lá vai, vem mal dispostinha. Nós docentes somos incompetentes para lhe dar tanto papel higiénico.
E que pena não apanhá-la a jeito para lhe dizer estas e mais outras na cara!

segunda-feira, maio 29, 2006

Bruxas!!!!!!!!


Consta-se que surgiu por aí uma pragazita de borboletas escurinhas. No Alentejo há muitíssimas a bater com os cornitos nas janelas fechadas e outras a enfiarem-se pelas abertas penetrando, teimosamente rodopiantes, no interior das habitações.
E eu já vi, mesmo aqui em Lisboa. Entraram algumas na minha casa. Mas não sei se entenderam que comigo não brincam ou se não querem nada comigo... o certo, é que as ditas cujas voaram para outros lados.
Desde há muito tempo que elas são apelidadas de "bruxas".
Ahahahahah....! Eu não acredito em bruxas. Mas, que as há... HÁ!

domingo, maio 28, 2006

Mais esta! :-)

Mais esta!!!!!

Atrevo-me a, sem licença do autor, a colocar um comentário seu em relação às últimas saídas da Ministra da Educação: avaliação dos docentes por parte dos encarregados de educação para progressão do ECD.

"Faço o que tu não queres: estou com os teus filhos enquanto ganhas dinheiro, passas tempo com os amigos a beber, ou enganas o centro de emprego (que eu subsidio).
Faço o que tu não queres: ensino o teu filho a comer... Sim, porque nem isso fazes.
Faço o que tu não queres: viajo milhares de quilómetros, deixando o meu filho, para dar apoio ao teu a quem nem ensinaste a dizer "Bom dia!".
Faço o que tu não queres: ensino o teu filho a estudar e a crescer neste mundo terrível. Tu estás muito ocupado a dizer que estás cansado (do teu filho? Então, não o tivesses... Os teus pais não te ensinaram como se faz?). Se não souberes, pergunta... ao professor do teu filho!
Faço o que tu não queres: dou tempo de qualidade, ensino a falar, a atravessar uma rua, a ler, a viver em sociedade, ensino milhares de coisas...
Se estou cansado não o posso dizer (Alguns pais, mais exigentes, podem avaliar-me negativamente!).
Faço o que tu não queres: Estou presente e oiço o teu filho.
Fazes isso?
Faço o que tu não queres: estudo para melhorar os meus conhecimentos e subir, a pulso, na carreira. Ninguém diz a verdade: que a população de professores do nosso país é das mais especializadas no mundo!
Existem às centenas com pós- graduações, mestrados e doutoramentos.
Faço o que tu não queres: Faço uma pós graduação em Desenvolvimento Pessoal e Social e depois, deixa de existir esta disciplina! Mas ninguém pergunta quanto custou a formação em tempo, dinheiro e dedicação.
Faço o que tu não queres: Faço um mestrado em Supervisão Educacional numa instituição tutelada pelo Estado Português, mas este não reconhece o mestrado. Ninguém nos avisara destes pequenos matizes. Paguei ,e bem, o reconhecimento deste curso por uma Universidade. Tudo para bem do teu filho.
Ninguém pergunta se posso ser mais útil com essa mais-valia.
Faço o que tu não fazes: sou doutorando em vias de conclusão de um Doutoramento em Educação de Pessoas Adultas. Ninguém sabe que existo pois os concursos para essas funções desapareceram misteriosamente do Interior.
Posso ser de grande utilidade ao nosso país, mas ninguém se rala.
Faço o que tu não queres: trabalharei até aos 65, com os ouvidos arruinados e problemas psicológicos graves (os professores são os melhores clientes dos psicólogos e dos psiquiatras, é bem sabido).
Faço o que tu não sabes fazer porque nunca quiseste aprender: sou um pai para o teu filho.
Posso deixar de fazer o que faço VOLUNTARIAMENTE, para fazer o que me é exigido na escola...
Ele são montes de papéis, reuniões importantes e até mesmo aulas que podem ser estéreis como o tal monte, com a aparência de muitíssimo proveitosas. Como vês, posso estar com o teu filho sem lá estar, como tu...
Aí, poderás ver o filho que tens!
O filho que criaste...
Porque, não te esqueças, é o TEU filho!
A mim, basta-me, cumprir com rigor e com exigência e, sem alma, sorrindo para ti...
O teu filho? Ah, sim, o sujeito no centro da acção educativa... Pois é!
Olha, Deus queira que tudo lhe corra bem!
Já não fazes nada dele?
Só tem oito anos?
O que posso fazer?
O eduquês já está fora de moda!
Um abraço sincero (avaliações à parte)
Leonel
P.S. Não te escondas atrás de assinaturas covardes de tão anónimas. Quando quiseres conversar sobre a educação do teu filho, estarei sempre aqui, presente mesmo nas pontes da Páscoa. Para te ajudar verdadeira e desinteressadamente."

Mais palavras para quê? Está tudo aí no comentário do meu colega, preto no branco,resumindo palavras raivosas que me consomem e me levam a perguntar, (e eu sou encarregada de educação também), que raio de conhecimentos têm os pais para avaliar professores? Precisariam de assistir às aulas também.E não só! Talvez aprendessem a educar os filhos para estes saberem "estar, ser e fazer" na escola. Penso: antigamente, antes do "25 de Abril" os pais ofereciam belas, boas e caras prendas aos professores para que os filhos transitassem de ano. Hoje, e face à geração que enfrentamos em que os "putos" as inventam,levando as invenções ao ponto de provocar agressão física e moral por parte dos pais para com os professores dos seus filhos, pergunto se (no caso da medida da sra. ministra ir avante) não passaremos a ser nós a dar "prendas aos pais e lamber os pézinhos dos filhos???!!!!
Bolas! "Nem todo o mar, nem toda a terra!!!
Avaliação dos professores por parte de pessoas competentes, muito bem! Agora essa é que não????
O País está mesmo de patas para o ar.

sábado, maio 27, 2006

E esta hein???!!!


Segundo determinado relatório, referido em Folha do Norte e, divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o estudo “A Saúde da Mulher e a Violência contra as Mulheres” feito a partir de entrevistas realizadas com 24 000 pessoas do sexo feminino de 10 países, com abordagem em todas as regiões e classes sociais, revela um cenário assustador sobre os resultados de agressões como: fracturas, traumatismos cranianos, escoriações, queimaduras, estupros e, por aí fora, até aos assassinatos.
A OMS, na altura, constatou que a violência no mundo ocorre uma em cada seis pessoas do sexo feminino, enquanto no Brasil a proporção é de uma em cada três, independentemente de raças, classes sociais, grau de instrução e idade.
Isto, sem referir a dor, muitas vezes maior, resultante da agressão verbal e moral, que marcam profundamente e que se torna difícil de superar.
Onde está a referência de cidadania para a mulher?
E que pensar de sofredoras “anónimas” distribuídas pelos cantinhos de cada cantinho deste país, que calam a sua dor? A dor da humilhação sofrida e da solidão resultante da “falsa” preocupação da justiça, face a casos que são conhecidos/presenciados e/ou outros apenas contados pelos “vizinhos”?
Ontem, ocorreu algo que transcendeu a minha compreensão, ainda que eu soubesse de antemão que a justiça é cega e surda quando “não lucra qualquer coisita com qualquer coisita”. À porta do Lidl, situado numa pacata zona de Lisboa, mesmo ao lado do posto da Polícia de “Segurança Pública”, onde vários fardados se juntam em amena cavaqueira de bairro, um casal discutia. Às páginas tantas, o senhor passou à demonstração da superioridade física contra a mulher. Ela reparou que um polícia podia constituir o fim da violência e dirigiu-se-lhe. Queixou-se que “ele é sempre assim”. Que fizesse alguma coisa. A isto respondeu a amostra de justiça fardada que, o assunto era entre marido e mulher e que eles é que deviam resolver as coisas civilizadamente. Ela perguntou ainda se ele não ia fazer nada. A “farda” respondeu que não. Ela nem estava FERIDA.
Este é o mundo de cada mundo anónimo.
A justiça deveria assegurar a cidadania não só do homem mas também da mulher e das crianças que assistem a diversos tipos de violência doméstica. E não só!
Como é que as gerações podem desenvolver-se em proveitoso sistema social? Que raio de futuros cidadãos, capazes de agir em sociedade e em conformidade com a razão e a justiça, nos espantamos de surgir? Alarmante nota: nas escolas grande número de crianças se descobrem, entre posturas e atitudes agressivas, na maioria das vezes, como consequência dos maus e degradantes ambientes familiares em que estão inseridos.
E ainda ouvimos por vezes: Faz queixa!
A tal senhora dirigiu-se a um representante da justiça que presenciara o facto, fez queixa… E tudo caiu no silêncio.
O seu maior erro foi não se ter deixado ferir ou matar.

sexta-feira, maio 26, 2006

Entre novos e velhos, miúdos e graúdos...


Todos para mais manifestações e greves da Função Pública... Temos a retaguarda quentiiiiinnnhaaaaaaa. Tão quentinha que queima com pára-choques muito subtis.
E os professores que aguardem...
Os "putos" reagem mal a tudo isto, pois claro. E vingam-se. Nos stores, pois claro.
Antigamente, engoliam-se vinganças, por causa dos voos incertos das réguas. Agora, é um extravasar de impropérios impróprios e vinganças bastante emocionais e físicos (muitas vezes) porque... há falta de réguas.
Assim vai a vida! Aos "empurrões" de miúdos e graúdos, por graúdos e miúdos!

quinta-feira, maio 25, 2006

Amar é...


"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora... Tudo começa a acontecer dentro de nós!"-Paulo Coelho

Amar de novo é arranjar mais uma complicação tão grande que ofusca a grandiosidade de todas as outras. Só quando se acaba o sonho é que nos percebemos da enormidade do problema e da sensação de inutilidade para bem analisá-lo,analisar hipóteses e encontrar a solução.O problema de amar pode ter sido solucionado, mas a sensibilidade ficou marcada pela complicação gerada pela inutilidade.Esta só acaba quando se começa a sonhar e a amar de novo. E, recomeça o ciclo!

sexta-feira, maio 19, 2006

Sombras




Ei-las que surgem, como um "ladrão" na noite... Fases!!!!!! Fases!!!!!!!!!!! Sem frases, nem palavras, nem letras...Às vezes até estas faltam.

segunda-feira, maio 08, 2006

Mal maior...




Os olhos físicos que são cegos, são justificados.
Pobres dos que são cegos de mente, pois estes não QUEREM ver.
Sortudos os que conseguem ver capa adentro, mas abençoados os que conseguem ver de dentro da capa para o seu exterior.

domingo, maio 07, 2006

MÃE



MÃE!!! Todos os dias de cada ano...! Quiseste que eu nascesse para vê-los. Viveste para que eu soubesse vivê-los. E continuas velando para que eu saiba valorizá-los
MÃE diz TUDO! Obrigada minha MÃE!

sábado, maio 06, 2006

Espírito do dia

Os silêncios da minha noite: ver e não pensar, tocar e não sentir,... ser e não ser.
Isto, nas noites dos meus silêncios... Ao longo das noites dos meus dias.



Uma imagem.
Um trejeito.
A memória: Quem?

A imagem,
O trejeito
E a memória: Quem?

Acercando-se, lentamente
Lentamente se esfuma...
Da memória.

Quem? Quem? Quem?...

NADA! NINGUÉM!

quinta-feira, maio 04, 2006

O Significado de Tempo



"Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais." F. Pessoa

Sabia ler a minha alma?!




O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço. (F. Pessoa)

terça-feira, maio 02, 2006

Saudade, para onde levaste o meu EU?

Desabafo plebeu



"-Ó filha, o que dirá o nosso hóspede da maneira como tu |repartistes| a carne? Eu fui o que ficou melhor, com mais carne.
-Ó meu pai, eu |nã| fiz nada de mal. |Atão| no prato da mãe pus a cabeça, porque ela é a cabeça da casa; no prato do nosso hóspede pus as asas, porque ele não é de cá e é p'ra se pôr a |àvoar|; no meu prato pus as pernas, porque sou eu as pernas desta casa, dum lado p'ró outro, |nã| é verdade? Ao meu pai pus o corpo da galinha, porque o pai, a trabalhar,é o corpo da casa..."
Afigura-se-nos pela concepção do transcrito,uma analogia aplicável ao viver de muitas pessoas/famílias. O contrário verifica-se em casas onde entram boas remunerações. Só que o país caracteriza-se, como todos sabemos, por um apertar de cintos cada vez maior face à carestia, evolutiva e constante, de vida.
A motivação que conduza à (sobre)vivência de cada indíviduo/família, para funcionar com competência em sociedade, longe de estar perto da igualdade de direitos e deveres, tem sido um dos alicerces que maior fraqueza estrutural tem revelado. A diversidade de condições sócio-económicas da região alentejana não surge,- apesar de todos os esforços e passos dados que na sua maioria são de palavras que o vento leva ou a seca come-, com resposta-solução urgente e/ou eficaz. Face a esta escalada de dificuldades, quem consegue configurar a sociedade num único tecido sócio-cultural e sócio-comnicativo, quando já se não consegue olhar o quadro português no global e ponderar sobre os parâmetros dos subsistemas político, económico, educativo e social?
O Alentejo, em especial, não é constituído apenas por uma massa popular, mas sim, por grânulos e grãos da mesma, que são cada um de nós, seus filhos.
A nossa região, a região dos esquecidos, a região dos apoiantes sem apoio adequado por parte dos organismos governamentais do País, não abrange só a problemática do Alqueva, o novo "Aeroporto" e outros projectos que permitem olhar as planícies como alternativas ao turismo e lucros das empresas de referência. Ou estaremos a pedir uma esmolinha quando temos o direito de pedir condições, oportunidades e meios para o desenvolvimento individual dos filhos locais? É a fraqueza dos alicerces de um arranha-céus que origina as catástrofes e o fazem ruir.
É necessária mais e maior informação nos "por quês", "comos" e "para quês" dirigida à massa alentejana, de modo que seja embebida por cada elemento que a constituí. É precisa aquisição correcta e ordeira de competências que levem cada sujeito à capacidade de formalizar competências na comunidade em que está inserido. São urgentes atitudes e posturas criativas e criadoras, relativamente aos saberes e gestão das estratégias dos poderes ao seu alcance, para um alargamento e aprofundamento eficazes nos consensos em prol da colectividade, nas vertentes que caracterizam o contexto alentejano político-económico-social.
A alma alentejana pulsa de ansiedade, medo e incertezas e, longe de querer que o "hóspede se ponha a |àvoar|", quer mais alternativas de emprego mesmo para os que já passaram dos 40's, 50's..., salários mais justos, educação estável e formação de esperanças e fé.
A alma alentejana parece manifestar esperanças mortas, mas estão apenas adormecidas, dormentes.
Lute-se "pelas pernas da casa" que andam "d'um lado p'ró outro" desertificando o Alentejo. As planícies merecem ser semeadas de flores brancas e verdes, para que o vermelho da sua alma não seja depreciado.
O Alentejo é lindo! Merece tudo!

segunda-feira, maio 01, 2006

Beijo por nós dentro...


Beijo, Abraço, Fusão dos sóis azuis de cada um de nós...

À Superfície de Tudo

À Superfície de Tudo
Ouvi na Rádio... O Presidente da República referiu a necessidade de acabarem as desigualdades sociais. Ouço ainda as boas intenções escritas nos cravos de um 25 de Abril que se diluem pelas gerações... Ouço os gritos anónimos de anónimos por entre a massa popular portuguesa.
O 1º de Maio?? Sorrio tristemente. Sorrio, muito tristemente,omo uma máscara. Porque as intenções são sempre tão bonitas, que o seu interlocutor se torna uma espécie de deus (e Reticências...)Aqui e além pedacinhos da massa popular juntam-se nos pedacinhos q não puderam unir ao longo dos outros meses do ano. Juntam-se, aqui e ali, bebem, cantam, já bem bebidos,desafogam as agonias da vida que está má,o tempo das vacas magras, lançam impropérios contra Deus que não os ouve, contra a roubalheira do patronato e a cegueira mental e/ou convencional dos organismos estatais.Depois vai mais um "copito", mais um bocadinho de queijo -(tão magro como quem o proveu, curadinho, cor da icterícia,...)-,e lá vai rindo, dos males esbaforidos, e canta pois "quem canta seus males espanta"...
É feriado e para estes será o "se Deus quiser" (e Reticências...)
É feriado e os Senhores vão para a praia.Ou fazem viagens.Bebem champanhe e brindam ao seu dia-a-dia (e Reticências...)Para bom entendedor, meia palavra basta! E é tão lindo o meu Portugal mesmo tão desmembrado. Desigual.

domingo, abril 30, 2006


Epáaaaaaaaaaa.... (sem passarinhos :-))
É um prazer viver uns momentos para te ver fora do "rectângulo", ficar estudando o teu olhar... Detectivar dele os teus silêncios, os restos das palavras, e tudo o mais que não consegues "cortinar".
Sabes que os provincianos vêem os actores como uma espécie de "ídolos-deuses"? Ora, se eu contasse aos cantinhos das planícies que te vi em carne e osso, passaria a ser adorada também... ahahahah.Não duvides! Há zonas que ainda não progrediram. 1º Porque os que tentam "progredir" não tiveram (ainda) oportunidades...Outros que têm oportunidades, não têm muitas alternativas... Outros, porque se acomodam à sombra do chaparro à espera dos subsídios prometidos e ainda devidos. Viva Litoral onde se acotovela os que arriscam, substituindo os chaparros por esperanças...
Tens sorte Júlio, em ter descoberto os teus talentos a tempo :-)
Pena que governo nos chicoteie para nos arrastar-nos como se fossemos caracóis... caso dos professores... tantos! Como eu...
Mas desviei-me do que devia. Uma coisa arrasta a outra. Frutos da "causa-efeito".
Beijinhos da tua fã lololol

domingo, abril 16, 2006