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Sou o que sou e como sou...Os que me conhecem, sabem como me abordar e, também, como os abordo.

terça-feira, junho 03, 2008

P. nostalgia... até quando?


Hoje apeteceu-me ser nostálgica...

Hoje apeteceu-me lembrar os momentos bons que eu tive e contra cuja continuação me rebelei por amor às conveniências dos princípios e do respeito. Esta coisa dos princípios e do respeito que nos inibe de viver a plenitude do amor, por exemplo. Esta coisa irrita-me mas não consigo viver sem ela. Costumo dar comigo a pensar: se fosse mais nova...!

Bom... Mas vou falar dessa nostalgia. Um amor vivido por partes, inseguro devido à minha insegurança de vou...não vou..., faço... não faço...; se vou... nunca mais vou...; se faço... arrepender-me-ei de ter feito... Um amor de longa duração, de seis anos de vida, sem grandioso sentido, tecendo sonhos quebrados por princípios e esperanças vãs. Da outra parte, não havia amor. Amor sentia eu reforçado pela sua durabilidade constatava que nunca havia amado quem quer que fosse antes. Amor como esse?... só uma vez na vida. Para alguém que lhe sobrepõe os princípios...! Mas sobrepus-lhe os moldes educativos talvez por saber que a outra parte não me amava como eu. Não possuía o mesmo conceito desse sentimento. Contudo, gostava de estar comigo, passear comigo, conversar... e agradava-me ouvi-lo falar de si, das suas motivações para a escrita, dos livros já editados... Lindas recordações para um dia em que, de bengala em algum eventual jardim ( se ainda o houver!) me farão exercitar as rugas dos anos em sorrisos doces frente a uma saudade linda. Quantas vezes, em nome do 'gostar muito' não brincámos, e combinávamos,que haveríamos de concretizar a atracção, o desejo, a paixão carnal??!! A última seria que 'através das minhas janelas atraíriamos as estrelas'... Quantas vezes, não me arrependi já de não ter banido o dever do respeito e dos princípios??? De uma maneira ou de outra daria no que deu: em nada. A efemeridade satisfeita por uma ou duas vezes (mais que fossem!) culminaria nesta saudade. Nesta nostalgia. Neste arrependimento dorido. Mas...se tivesse outra oportunidade, se calhar,- SE CALHAR-, voltava a dar motivos para me arrepender mais tarde. Serei amante do saudosismo? Ou, empurrada por alguma força maior, invísivel, tinha de ser assim que tinha de acontecer?

A ti, amor desse tempo que passou, se leres isto... saberás que é a ti que me dirijo, revelo que concretizo em sonhos o amor com vista para o astro cheio de estrelas nas noites cheias de luar. Sempre estarás comigo.

Uma maneira de sorrir docemente ao passado e cair no sono como uma criança.

Obrigada pelo que ficou.