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Sou o que sou e como sou...Os que me conhecem, sabem como me abordar e, também, como os abordo.

sexta-feira, abril 17, 2009

Não perder tempo, tem vantagens.

Tudo passa e tudo da história vai passando à 'história'.
Chega-se a um tempo em que o tempo nem nos parece tempo: os dias correm e nós correndo com ele. Nem nos apercebemos que cada minuto ou hora já nem é tempo.
Não há tempo a perder, diz-se. E perdemo-lo da maneira mais tonta e inaproveitada que quando queremos recuperá-lo já não é possível, pois, o tempo passou à história.
Contudo, há quem, da pior maneira, queira aproveitar o tempo.
Neste dia, 17 de Abril, pela manhã, ia eu muito tranquila para o estabelecimento dos meus 'mil' ofícios ( a escola) quando tive que parar ao sinal vermelho, perto do Marquês de Pombal (precisávamos dele, nesta época, para novas reformas educativas :-). Qual não é o meu espanto, quando vejo um casal numa moto atravessando a Fontes Pereira de Melo pela passagem de peões...!!!!!!!!!!!!!!! Ignoro a urgência que o fez impedir que fosse à rotunda dar a volta, contudo, a manobra perigosa fez-me rir ( não apanhou peão nenhum)... Estes tipos não perderam tempo, mesmo!
Este foi um dos casos que me fez recordar que a polícia só se lembra de multas para as viaturas estacionadas e, como já assisti na Avda Infante Santo, mesmo aquelas que estiverem descarregando os bens essenciais ao funcionamento de um café-restaurante.
Vivas a quem não perde tempo do tempo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, março 21, 2009

De que se queixam os cães?

O bom orador
esconde-se da palavra
revelada...
porque esta gravada
manté-no desperto
mais tempo, para as suas fraquezas.
E o bom (fraco)... teme-as.

O bom escritor esconde-se do nome.
Revela a solidão do nome.
Este encobre-o.
Contudo, descobre-o.
Pinta o retrato que não é seu,
mas que, afinal, o é.

O que não ora e o que não escreve,
são os furúnculos da massa que vegeta.
E fá-lo sem alardes,
nos erros mais graves...
O seu anonimato
serve as adivinhanças
do mais empático, porque...
Cala-se a voz, analfabetizados dedos,
Gritam os olhos implorantes ou chamejantes...
de alma inchada pejada de passos...

O bom escritor e o bom orador,
ainda que saibam o porquê dos por ques,
são, sobretudo, viajantes, e... passam.

O que rodeia? Apatia estáctica e surda.
Só os pio-pios, tic-tics ou vuuuus ... são reais.
São os sons da natureza, os REAIS, ainda que também passem.

Alguém me diga, pois:
- De que se queixam os cães?