O bom orador
esconde-se da palavra
revelada...
porque esta gravada
manté-no desperto
mais tempo, para as suas fraquezas.
E o bom (fraco)... teme-as.
O bom escritor esconde-se do nome.
Revela a solidão do nome.
Este encobre-o.
Contudo, descobre-o.
Pinta o retrato que não é seu,
mas que, afinal, o é.
O que não ora e o que não escreve,
são os furúnculos da massa que vegeta.
E fá-lo sem alardes,
nos erros mais graves...
O seu anonimato
serve as adivinhanças
do mais empático, porque...
Cala-se a voz, analfabetizados dedos,
Gritam os olhos implorantes ou chamejantes...
de alma inchada pejada de passos...
O bom escritor e o bom orador,
ainda que saibam o porquê dos por ques,
são, sobretudo, viajantes, e... passam.
O que rodeia? Apatia estáctica e surda.
Só os pio-pios, tic-tics ou vuuuus ... são reais.
São os sons da natureza, os REAIS, ainda que também passem.
Alguém me diga, pois:
- De que se queixam os cães?
sábado, março 21, 2009
De que se queixam os cães?
Postado por JuFlores às 8:47 da manhã 0 comentários
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