Eu fujo à minha fragmentação, porque algo novo se pode operar dentro de mim. Algo promissor como, por exemplo, um heterónimo que me substitua, sem fragmentar-me, desde a raiz dos cabelos às células ainda não hipotetizadas/ou descobertas.
Sou o toda em tudo. Nem mente só, nem corpo só. Sou ser total, mesmo quando não sou sendo.
Fragmente-se a realidade que me rodeia, e enriqueçam-se as suas partes. O meu todo absorverá um pouco de cada uma. Simultaneamente, farei a sua expansão, consciente dos limites, rumo a um todo existencial. Parte-todo-parte. Ideia-ténica-ideia.
O sujeito não é senão o objecto, e o objecto o sujeito. Assim, não é o físico que faz a minha mente entender, nem a minha mente que escraviza o físico. Mente e corpo estão unificados para perceber a realidade de mim e da que me rodeia.
Desta forma, poderei consumar-me. Ser plenamente. Mesmo não sendo, sou e serei. Saber e vivenciar os vários tríplices momentos do Ser como ser unidade, eis a que, apartir de agora, me proponho.